quarta-feira, 5 de junho de 2024

O que Deus pensa sobre a oração?

 


“Assim como os céus são mais altos do que a
terra, assim são os meus caminhos mais altos
do que os seus caminhos, e os meus
pensamentos mais altos do que os seus
pensamentos” – Isaías 55: 9.


Deus tornou conhecidos seus pensamentos e seus
caminhos, tanto na revelação de sua palavra quanto na pessoa
de seu filho. O meio da revelação é a experiência, e a ocasião
está nos acontecimentos da vida dos indivíduos e na história.
Deus nunca colocou seus pensamentos em uma tese de
filosofia ou metafísica: Ele interpretou em vida e expôs seu
caminho em preceitos, princípios e exemplos. Há um
incidente que nos diz o que Deus pensa da oração. A oração
é vista em cada comando para orar: em cada lei de oração, em
cada promessa relativa à oração e em cada exemplo de oração   
respondida, cada parte é parte do todo, contudo, cada assunto
das escrituras tem a sua expressão final e completa.
Na conversão de Saulo de Tarso, encontramos uma
revelação singular da perspectiva divina sobre a oração. Este
episódio de oração envolve três aspectos principais: o homem
que ora, Deus que escuta, e o indivíduo através do qual a
resposta é dada. Este último é central, pois é a ele que a oração
é dirigida, através dele a oração é interpretada e por ele a
resposta é dada. Deus expressa sua admiração pela oração:
"Veja, ele está orando". A linguagem é humana, no entanto, é
a única linguagem que o homem entende e, apesar de suas
limitações, representa a realidade correspondente em Deus.
Pode haver nele elementos de surpresa e de espanto?
Será que existem coisas que para Deus são
maravilhosas?
É assim que Deus fala, e para ele não há nada mais
gloriosamente maravilhoso que a oração. Pareceria que a
maior coisa no universo de Deus é um homem que ora... só
há uma coisa mais surpreendente: que o homem, sabendo
disso, não deveria orar e contemplar! Nessa palavra há
admiração, êxtase e exultação na avaliação de Deus. A oração
é mais maravilhosa que todas as maravilhas da vida comum,
mais gloriosa que todos os mistérios da Terra, tão poderosa
quanto as forças da criação.
Deus interpreta a oração como um sinal de tudo o
que aconteceu com Saulo de Tarso na estrada de Damasco. O
evento é expresso de várias maneiras: para a igreja da Judeia  foi 
uma conversão que transformou seu perseguidor em
pregador. É assim que o Apóstolo Paulo declara isso ao
escrever aos gálatas: “Depois cheguei às regiões da Síria e da
Cilicia; e não era desconhecido de vista pelas igrejas da Judeia
que estavam em Cristo; mas elas apenas tinham ouvido que
aquele que nos perseguiu no passado, agora prega a fé que
uma vez ele destruiu e eles glorificaram a Deus em mim”. Essa
é uma conversão que foi resultado de uma experiência. E qual
foi a experiência? Paulo diz que na experiência aprouve a Deus
revelar seu filho nele. Foi isso que a experiência da estrada de
Damasco significou para ele. Quando Deus fala sobre isso,
resume tudo nas palavras: “Eis que ele ora”. Isso é o que
significou para Deus, e é isso o que sempre significa para ele:
a oração é o símbolo, a prova e o medidor da graça. Tudo o
que acontece na obra de conversão da graça, pela qual
recebemos a adoção de filhos, é que, sendo filhos, começamos
a orar. Saulo de Tarso foi um homem de oração durante toda
a sua vida, no entanto, foi só então que começou a orar do
modo como Deus interpreta a oração.

E você o que pensa sobre a atitude de orar ?

"A Estrada para Oração" Matheus Saraiva


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